terça-feira, 19 de abril de 2011

ELAS MUDARAM O MUNDO

Sim, o mundo mudou muito em 50 anos. Principalmente para nós, mulheres. Hoje, competimos com os homens no mercado de trabalho, somos maioria nas universidades e nos cursos de pós-graduação. 
No Brasil, pela primeira vez uma mulher chegou à presidência da República. Mas toda essa transformação não aconteceu de graça. Milhares de mulheres ao redor do mundo batalham diariamente para nos dar voz e interpretar nossos desejos, transformando nossos papéis e nos tornando mais influentes no mundo.

A Revista Claudia escolheu 50 mulheres que, de alguma forma, foram emblemáticas durante essa mudança.
Aqui vão algumas das Brasileiras que estão na lista onde mudaram e mudam o mundo.


Primeira presidente do Brasil, a mineira de Belo Horizonte, Dilma Rousseff é a mulher mais poderosa do país na atualidade e a 16ª do mundo segundo o ranking de 2010 da revista Forbes. Ex-militante socialista e integrante de organizações que defendiam a luta armada, ela foi presa e torturada durante a ditadura e depois iniciou uma ascendente carreira no meio político. Durante o governo Lula, foi Ministra das Minas e Energia e, em seguida, da Casa Civil. Em seu discurso de posse, destacou a importância de o país ter uma mulher no cargo e desejou que o fato abrisse portas para que outras brasileiras se tornassem líderes no futuro. Outro ponto forte da presidente é sua garra: em 2009, em plena campanha eleitoral, descobriu um câncer no sistema linfático, tratou-se e raspou os cabelos. Curada, voltou ainda mais forte para a vida pública. Dilma tem uma filha, Paula, fruto de seu casamento com o ex-guerrilheiro Carlos Franklin de Araújo.


Clarice chegou ao Brasil com apenas dois meses de idade, após a fuga de sua família da perseguição antissemita na Europa. Durante sua infância, em Maceió e em Recife, aprendeu a conviver com as diferenças das culturas de seus pais e do Brasil e começou a escrever poemas muito cedo. Nos anos 40, lançou seu primeiro romance, Perto do Coração Selvagem, obra que causou furor no meio intelectual pelo seu caráter existencialista e inovador, que ia contra as tendências regionalistas dos autores da época. Em outubro de 1944, o livro lhe rendeu o prêmio da Fundação Graça Aranha como o melhor romance de estreia. Nos anos 60 e 70, trabalhando como jornalista, publicou colunas nos jornais Correio da Manhã e Diário da Noite, em que falava de assuntos femininos como moda, beleza e comportamento, tornando-se precursora desse tipo de editoria no país. A Hora da Estrela, que conta a triste história da imigrante Macabéa, tornou-se uma de suas obras mais reverenciadas. Nela, o drama das mulheres nordestinas foi esmiuçado com realismo e poesia. 


Num país em que futebol é considerado coisa de homem, a alagoana Marta da Silva, que passou sua infância jogando bola nos campinhos batidos de terra de sua cidade natal, Dois Riachos, tem uma estante repleta de troféus. Estão lá, por exemplo, os de Melhor do Mundo, dados pela FIFA nos anos de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010. Como atacante da seleção brasileira de futebol feminino, também conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de 2003 e de 2007. Nos jogos Olímpicos o time recebeu a prata nos anos de 2004 e 2008. A atuação impecável de Marta foi uma das responsáveis por divulgar o esporte mundialmente também entre as mulheres. Agora, a jogadora levará todo o seu domínio em campo para o exterior. Este ano, ela passa a defender o clube Western New York Flash, dos Estados Unidos, jogando na liga de futebol feminino daquele país.


Primeira roqueira de sucesso no país, a paulistana Rita Lee se tornou a musa da contracultura brasileira. Entre os anos 60 e 70, ao lado dos outros dois integrantes do grupo Os Mutantes, Arnaldo Batista e Sérgio Dias, tocou flauta, percussão e interpretou músicas de vanguarda. Com o disco solo Fruto Proibido, de 1975, tronou-se uma estrela de norte a sul do país. Nele estão, por exemplo, as canções Ovelha Negra e Esse tal de Rock n Roll. Nessa mesma década, Rita enfrentou, com bom humor, a caretice da ditadura militar, compondo temas irreverentes como Arrombou a Festa. Para as mulheres, um dos legados mais importantes de Rita é sua canção Cor de Rosa Choque, que no início dos anos 80 virou trilha de abertura do programa TV Mulher, da Rede Globo, e se tornou o maior hino feminista do Brasil. Ainda hoje, aos 63 anos, Rita Lee mostra que é moderna e antenada, chegando a se tornar uma das celebridades mais atuantes e polêmicas do Twitter.


Um dos rostos mais conhecidos e de maior credibilidade do jornalismo brasileiro, Glória Maria é um personagem único no universo feminino. A repórter e apresentadora começou na Rede Globo, nos anos 70, fazendo reportagens para o Jornal Hoje e o Fantástico. Em pleno regime militar, trabalhou em coberturas ousadas e tensas, sempre com muita repercussão, como a da Guerra das Malvinas, na Argentina. Em 1998, passou a apresentar o Fantástico, onde ficou até 2007, quando decidiu tirar dois anos sabáticos. Durante esse tempo como âncora, foi protagonistas das reportagens mais interessantes sobre viagens da TV brasileira: com 14 passaportes completos, rodou o mundo e mostrou lugares exóticos e perigosos, principalmente para uma mulher, como o Oriente Médio. Nos últimos anos, recolheu-se em retiros espirituais na China e na Índia e ajudou em projetos de caridade mundo afora. Num deles, na Bahia, conheceu as pequenas Maria e Laura, que acabou adotando. Atualmente, divide o papel de mãe com o de repórter do Globo Repórter, da Rede Globo.



Uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento da sustentabilidade no Brasil, Marina Silva nasceu em uma palafita em Rio Branco, no Acre, e só se alfabetizou aos 16 anos. Com esforço, conseguiu superar o início de vida pobre e cursar faculdade de História. Ao se tornar professora, uniu forças com o ecologista Chico Mendes e engajou-se em movimentos sindicais. Em 1986, entrou no Partido dos Trabalhadores, onde foi vereadora, deputada estadual e senadora. Entre seus projetos, estão um fundo para preservar terras indígenas e metas para redução das emissões de gases de efeito estufa. Em 2003, assumiu o cargo de Ministra do Meio Ambiente. Em 2010 decidiu candidatar-se à Presidência, pelo Partido Verde, e obteve a terceira colocação entre nove candidatos. Por seu trabalho, recebeu inúmeros prêmios, como o Campeões da Terra, da ONU, dado a apenas outras seis personalidades mundiais.


Com apenas 20 anos, no início dos anos 2000, a modelo Gisele Bündchen ganhou o título da top mais bonita do mundo pela revista Rolling Stones. Daí em diante, essa gaúcha da pequena cidade de Horizontina não parou mais: de 2004 a 2010, segundo a revista Forbes, foi a profissional mais bem paga do ramo, juntando uma fortuna avaliada em 150 milhões de dólares. Todo esse sucesso começou quando Gisele tinha apenas 14 anos e foi notada por um olheiro de agência de modelos. Não tardou para que suas pernas longilíneas circulassem por passarelas e estúdios em campanhas para grifes como Valentino, Versace e Victoria´s Secret. Se já era visada antes, Gisele virou um dos maiores alvos dos paparazzi de todo o mundo ao namorar o ator Leonardo Di Caprio. Além de linda, Gisele é uma mulher de atitude. Profissional respeitada, casada desde 2009 com o jogador Tom Brady e mãe de Benjamin, de 1 ano, defende causas sociais como a do combate à AIDS e ao à fome e a preservação do meio ambiente. Por todo esse empenho foi chamada para ser Embaixadora da Boa Vontade pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente.

Veja a lista completa das 50 Mulheres que Muram o mundo. 

JÉSSICA STRAZEIO

Um comentário:

  1. Sabe quem veste a Marta? O dono da revista HUIT http://www.facebook.com/pages/Huit-magazine/153077801368942 para a qual eu fotografo em MG!

    Meu amigo há 15 anos!
    este compensava vcs conhecerem e entrevistarem!

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